quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Jogos tradicionais em Ermera Vila

No dia 25 de Novembro, o grupo de professores portugueses residentes em Ermera preparou uma manhã de jogos tradicionais timorenses com a comunidade da vila. Depois da missa de domingo, era ver o mar de gente que se juntou em frente à igreja para brincar connosco. Um dia inesquecível para nós, e esperemos, para eles também. Agora que a primeira etapa da aventura está a acabar, sentimos já o gostinho da saudade..



Desafiámos os rapazes, eles aceitaram o desafio e mostraram à vila quem saltava mais longe!



O vencedor do torneio do salto em comprimento ;)





A grande bagunça do salto ao eixo !Ehehehe!


Eu, as professoras e os meninos - Jogo das pedrinhas :)


As meninas a jogar ao jogo do galo


Jogo do pião


A corrente humana


O jogo dos dados



Uma adaptação do jogo de equilíbrio da colher e da batata, aqui em Timor, usámos a colher e o caroço de abacate! Lol!




Lakadou - Um instrumento típico de Timor, construído com bambú. Tivémos direito a danças tradicionais e tudo! Uma boa forma de terminar a manhã!

A lenda do crocodilo



Em tempos que já lá vão, vivia na ilha de Celebes um crocodilo muito velho, tão velho que não conseguia caçar os peixes do rio.
Certo dia, morto de fome, decidiu aventurar-se pelas margens em busca de algum porco ou cão distraído que lhe servisse de refeição. Andou, andou até cair exausto e desesperado, sem forças para regressar à água.
Quem lhe valeu foi um rapaz simpático e robusto que teve pena dele e o arrastou pela cauda.
Em retribuição pelo serviço prestado, o crocodilo ofereceu-se para o transportar às costas, sempre que ele quisesse navegar. Foi assim que começaram a viajar juntos.
Mas, apesar da amizade, que sentia pelo rapaz, quando o crocodilo teve novamente fome lembrou-se de o comer. Antes, porém, quis ouvir a opinião dos outros animais e todos se mostraram indignados. Devorar quem o salvara? Que terrível ingratidão! Envergonhado e cheio de remorsos, o crocodilo resolveu partir para longe e recomeçar a sua vida onde ninguém o conhecesse. Como o rapaz era o único amigo que tinha, chamou-o e disse-lhe assim:
- Vem comigo à procura de um disco de ouro, que flutua nas ondas, perto do sítio onde nasce o Sol. Quando o encontrarmos seremos felizes.
Mais uma vez viajaram juntos, agora sulcando o mar que parecia não ter fim, mas a certa altura o crocodilo percebeu que não podia continuar. Exausto, deteve-se na intenção de descansar apenas um instante mas, logo que parou, o seu corpo transformou-se numa ilha maravilhosa!


O rapaz, que se viu homem feito de um momento para o outro, verificou, encantado, que trazia ao peito o disco de ouro com que o crocodilo sonhara.
Percorreu então as praias, as colinas e as montanhas e compreendeu que aquela era a ilha dos seus sonhos. Instalou-se e escolheu o nome para a ilha. Chamou-se Timor, que significa Oriente.
Desde esses tempos recuados, o crocodilo tornou-se um animal sagrado a que os timorenses chamam de “Avô”.
Adaptado de Atlas de Timor-Leste

A minha salinha!

Como sabem, estou a dar aulas em Ermera, mais especificamente na vila de Ermera. Esta é a minha salinha de aulas que partilho com a Patrícia, que leciona Ética Profissional, o Fernando, de Educação Física, a Leninha, de Português e, mais recentemente, o Diogo,  de Ciências Físicas e Naturais, tal como eu.
A sala é muito bonita, como podem ver, muito arejada. O único contra é mesmo o facto de ter comunicação com as outras salas pelo teto, o que faz com que consigamos ouvir as aulas uns dos outros, o que em certos momentos é engraçado! É mais engraçado ainda quando começa a chover torrencialmente e o teto da sala é de chapa... ora.. três profs a gritar e a chuva a querer gritar mais que eles.. :)

Tenho cerca de 80 alunos, em 3 turmas. São todos professores do 1º, 2º e 3º ciclo, fazem por isso, uma turma muito heterogénea. É desafio, mas vale a pena! Não nos podemos esquecer que muitos deles fazem mais de 3h a pé para assistir às aulas... É um esforço impossível de igualar. Apesar disso, são muito bem dispostos e muito esforçados.







Os quadros estão posicionados muito abaixo do que é costume devido à altura média da população timorense... lol... eles são mesmo baixinhos. Escrevo uma frase e tenho de me pôr de cócoras! Mas não me posso queixar! Tenho tudo o que preciso aqui! ;)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Encontro com João Paulo II :D

À saída de Díli, numa zona chamada de Tasi Tolu encontrámos um monumento de homenagem ao Papa João Paulo II, pela sua visita a Timor Leste. Aqui fica o registo fotográfico do local.










A juntar à beleza do monumento, a beleza da paisagem que nos surpreende a cada dia.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Visita a Maubara, Liquiçá

10h da manhã em Díli, 14 pessoas dentro de uma microlet rumo ao distrito de Liquiçá, a oeste de Díli. Díli já por si é quente imaginem com esta gente toda dentro deste minúsculo meio de transporte adaptado aos franzinos dos timorenses...




Éramos tantos que foi necessário parar para reencher os pneus.. um filme... Demorámos quase 3h a fazer o que 32 Km...... enfim... Timor Leste :P
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Chegámos finalmente à simpática vila de Maubara.






Uma lojinha de artesanato onde nos deliciámos a fazer comprinhas de Natal :D
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Meninos a tomar banho no mar, muito comum aqui em Timor!
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Almoçámos num cluster da cooperação portuguesa, um projeto que pretende capacitar os timorenses da vila de Maubara na área do turismo e restauração, onde comemos um franguinho com milho e um sumo natural excelente!




A Leninha linda!


Uma das poucas fotos minhas por aqui... lol!


A minha Martinha :D


Peixe a secar no retrovisor de um carro... também já vi carne... :S






Uma paisagem maravilhosa, não? 
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domingo, 4 de novembro de 2012

Mercado Ali Laran (não sei bem se é assim que se escreve!)

Mercado Ali Laran (Díli) - As imagens falam por si...








Os legumes vendem-se às porções e não ao peso.. regatear é certo! Esta é uma das tarefas às quais ainda não me habituei!




Ora, aqui há jacas! Uma fruta com um cheiro e sabor pouco agradáveis...
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Este amiguinho andava pelas bancadas do mercado. Alguém se está a questionar acerca das condições de higiene do mesmo?


Não há talhos em Díli... isto foi o que de mais parecido eu vi! A imagem é elucidativa, mas não se vê o pormenor mais interessante... as mosquinhas a pousar na carne. O timorense que vemos na imagem, tem uma espécie de espanador na mão para enxotar os insetos :S
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Apesar das condições, os timorenses, no que toca ao comércio, são muito arrumadinhos!
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